segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Fenômenos - parte 2 Carmen Miranda







Maria do Carmo Miranda da Cunha não era brasileira, como muitos pensam. Nasceu em 9 de fevereiro de 1909 na freguesia de Marco de Canavezes, Província de Beira-Alta, Portugal. Veio para o Brasil ainda muito pequena, com apenas 10 meses de idade e foi criada bem no meio da boêmia carioca. Adorava cantar e isso lhe custou o emprego como vendedora de gravatas. O dono do estabelecimento a despediu por distrair os colegas que paravam de trabalhar para ouvi-la.
Sua estréia nos palcos cariocas foi um sucesso. Josué de Barros, compositor conhecido da época, quando a viu, percebeu seu potencial e resolveu investir sua carreira, pagando-lhe cursos de canto e dicção e, ainda encaminhando-a para todas as rádios e gravadoras. Este esforço não foi em vão. Logo veio a gravar seu primeiro disco.Carmen Miranda era uma mulher baixinha...alguma coisa por volta de 1m 53. Em função de sua pouca estatura gostava de usar aqueles saltos enormes, plataformas mesmo de tão altos. Por causa disso o radialista César Ladeira a batizou, carinhosamente, de “ A pequena notável”.No final da década de 30 já estava contratada como artista exclusiva do Cassino da Urca. Cantava os melhores compositores da época, como Assis Valente e Ary Barroso. Junto com o conjunto Bando da Lua, cantava a música “O que é que a baiana tem” quando foi vista por Lee Schubert, empresário americano de muita influência na Broadway. Esse contato rendeu a Carmen o ingresso no universo artístico norte-americano. Seu sucesso foi absoluto. Não tardou a ser chamada para fazer um filme em Hollywood. Outro sucesso. Seis meses depois de ter chegado na meca do cinema mundial foi convidada a deixar as marcas de suas mãos, pés e o seu autógrafo registrados na consagrada “ walk of fame”. Era uma consagração nunca vista por uma artista brasileira fora do Brasil. Carmen tinha alcançado o topo de sua carreira. Era reconhecida dentro e fora do Brasil. E no exterior estava no mesmo patamar das maiores estrelas internacionais.
Mas todo esse sucesso tem um preço e Carmen sentiu no corpo o cansaço e o esgotamento que tantos compromissos acarretaram. Volta para o Brasil em dezembro de 1954. Fica reclusa no Copacabana Palace Hotel durante quatro meses. Mas as suas obrigações com produtores americanos a obrigam a voltar para os estados Unidos. Durante um desses compromissos, teve um discreto desmaio. Poucos perceberam. Voltou para sua casa em Beverly Hills onde recebeu alguns amigos. A última pessoa que deixou a casa saiu às 3 e 30 da manhã. Foram as últimas pessoas a verem Carmen Miranda com vida. Foi encontrada morta logo depois. Era o dia 5 de agosto de 1955. Carmen morria aos 46 anos de idade.Aquela mulher pequena , com bananas equilibradas na cabeças e sapatos de saltos plataforma deixou de ser uma cantora de renome internacional e virou um mito. Nunca nenhum brasileiro chegou tão longe em sucesso e fama como ela. Era realmente uma pequena notável....
Tatiana Rocha



Carmen Miranda
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Carmen Miranda
Carmen Miranda no filme Entre a Loura e a Morena, 1943
Informação geral
Nome completo
Maria do Carmo Miranda da Cunha
Data de nascimento
9 de fevereiro de 1909
Apelido
Pequena NotávelBrazilian BombshellDitadora Risonha do Samba
Origem
Marco de Canaveses, Distrito do Porto, Portugal
País
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Data de morte
5 de agosto de 1955 (46 anos)
Gêneros
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Ocupação
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Instrumentos
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Instrumentos notáveis
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Tipo vocal
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Período em atividade
1928-1955
Outras ocupações
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Gravadoras
BrunswickVictorOdeonDecca
Afiliações
Josué de BarrosAurora MirandaBando da Lua
Influências

Sítio oficial
http://www.carmenmiranda.net/

Carmen Miranda, nome artístistico de Maria do Carmo Miranda da Cunha (Marco de Canaveses, 9 de Fevereiro de 1909Beverly Hills, 5 de Agosto de 1955) foi uma cantora e atriz de nacionalidade portuguesa que se tornou famosa internacionalmente como divulgadora da música brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos nas décadas de 1930 a 1950. Trabalhou no teatro e no cinema. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro dos anos 1970.



A carreira nos Estados Unidos e o começo da consagração

Carmen Miranda no filme The Gang's All Here
Em 29 de maio de 1939 Carmen estreou na revista "Streets of Paris", em Boston, com êxito estrondoso. A imprensa americana se rende à sensualidade e ao talento da cantora brasileira, que ao desembarcar em Nova York declarou: "Vocês verão principalmente que sou cantora e tenho ritmo". As participações teatrais de Carmen aumentam a medida em que cresce o seu reconhecimento. Em 5 de março de 1940 Carmen apresenta-se durante um banquete ao presidente Franklin D. Roosevelt na Casa Branca, em Washington. Em 10 de julho retorna ao Brasil, onde é acolhida com enorme ovação pelo povo carioca. No entanto, em apresentação para a cúpula do Estado Novo no Cassino da Urca Carmen é apupada pelo grupo germanista do governo brasileiro, que via em Carmen uma influência "americanizada". Dois meses depois, no mesmo palco mas desta vez para uma platéia comum, Carmen é aplaudida e apoiada. No mesmo mês gravou seus últimos discos no Brasil, onde responde com humor às acusações de ter esquecido o Brasil. Em 3 de outubro, Carmen de volta aos EUA grava a marca de seus sapatos e mãos na Calçada da Fama do Chinese Theatre de Los Angeles.
Entre 1942 e 1953 Carmen atuou em 13 filmes em Hollywood e nos mais importantes programas de rádio, televisão, casas noturnas, cassinos e teatros norte-americanos. Na esteira da Política de Boa Vizinhança implementada pelos EUA em face do conflito europeu, o espaço para artistas "latinos" cresce. Carmen, apesar de ter chegado à América antes da Segunda Guerra e da criação da Política é identificada com o projeto.



O grande sucesso viria a partir de 1930, quando grava a marcha "Pra Você Gostar de Mim" ("Taí"), de Joubert de Carvalho. Antes do fim do ano, Carmen já é apontada pelo jornal O País como "a maior cantora brasileira".
Em 1933 ajuda a lançar a irmã Aurora na carreira artística. No mesmo ano, Carmen assina um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga, para ganhar dois contos de réis por mês. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Carmen ganha o apelido de "Cantora do It". Em 30 de outubro realiza sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Carmen voltaria à Argentina no ano seguinte, para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano.

Carreira cinematográfica no Brasil
Em 20 de janeiro de 1936 estreou o filme Alô, Alô Carnaval, em que Carmen e Aurora atuam juntas na famosa seqüência em que cantam "Cantoras do Rádio". No mesmo ano, Carmen e Aurora passam a integrar o elenco do Cassino da Urca, de propriedade de Joaquim Rolla. A partir de então as duas irmãs se dividem entre o palco do cassino e excursões freqüentes aos diversos estados brasileiros e à Argentina.
Foi durante uma apresentação para o astro de Hollywood Tyrone Power que se aventou a possibilidade de uma carreira de Carmen nos Estados Unidos. Era o ano de 1938 e Carmen recebia um salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca. Carmen não se interessou pelos EUA e permaneceu no Brasil.
Em 1939, o empresário americano Lee Shubert, em companhia da atriz Sonja Henie chegam ao Rio a bordo do navio Normandie. Vista por Shubert na Urca, Carmen assina contrato depois de se apresentar no navio. Shubert estava interessado apenas em Carmen, mas a cantora fez questão de levar o Bando da Lua para a acompanhar. Depois de muita relutância, Shubert, já de volta aos EUA, aceita a vinda do Bando. Carmen partiu no vapor Uruguai, em 4 de maio de 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.



Filmografia
A Voz do Carnaval (1933)
Alô, Alô, Brasil (1935)
Estudantes (1935)
Alô, Alô, Carnaval (1936)
Bananas da Terra (1939)
Laranja da China (1940)
Serenata Tropical (1940)
That Night in Rio (1941)
Week-End in Havana (1941)
Springtime in the Rockies (1942)
The Gang's All Here (1943)
Four Jills in a Jeep (1944)
Greenwich Village (1944)
Something for the Boys (1944)
Doll Face (1945)
Se eu Fosse Feliz (1946)
Copacabana (1947)
O Príncipe Encantado (1948)
Romance Carioca (1950)
Scared Stiff (195Canções mais famosas
As Cinco Estações do Ano (gravada com Lamartine Babo, Mário Reis, Almirante e Grupo do Canhoto em 6 de julho de 1933)
Adeus, Batucada (gravada com Orquestra Odeon em 24 de setembro de 1935)
Alô... Alô?(gravada com Mário Reis e Grupo do Canhoto em 18 de dezembro de 1933)

Ao Voltar do Samba (Arlequim de Bronze) (gravado com o Grupo do Canhoto em 26 de março de 1934)
Boneca de Piche (gravada com Almirante e Orquestra Odeon em 31 de agosto de 1938)
Cachorro Vira-Lata (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937)
Cai, Cai (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
Camisa Listada (gravada com Grupo da Odeon em 20 de setembro de 1937)
Cantores do Rádio (gravada com Aurora Miranda e Orquestra Odeon em 18 de março de 1936)
Chattanooga Choo Choo (gravada com Bando da Lua e Garoto em 25 de julho de 1942)
Chegou a Hora da Fogueira (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 5 de junho de 1933)

Chica-Chica-Bum-Chic (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
Como "Vaes" Você? (gravada com Ary Barroso e Regional de Pixinguinha e Luperce Miranda em 2 de outubro de 1936)
Cuanto Le Gusta (gravada com Irmãs Andrews e Orquestra de Vic Schoen em 29 de novembro de 1947)
Disseram Que Voltei Americanizada (gravada com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940)
E Bateu-Se a Chapa (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 26 de junho de 1935)
E o Mundo Não Se Acabou (gravada com Regional Odeon em 9 de março de 1938)
Eu Dei (gravada com Regional Odeon em 21 de setembro de 1937)
Eu Também(gravada com Lamartine Babo e Diabos do Céu em 5 de janeiro de 1934)
Goodbye, Boy (gravada com Orquestra Victor Brasileira em 29 de novembro de 1932)
I Like You Very Much (Ai, Ai, Ai) (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941)
I Make My Money with Bananas
Isto É Lá com Santo Antônio (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 14 de maio de 1934)
Me Dá, Me Dá (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937)
Minha Embaixada Chegou (gravada com Grupo do Canhoto em 28 de setembro de 1934)
Moleque Indigesto (gravada com Lamartine Babo e Grupo Velha Guarda em 5 de janeiro de 1933)
Na Baixa do Sapateiro (Bahia) (gravada com Orquestra Odeon em 17 de outubro de 1938)
Na Batucada da Vida (gravada com Diabos do Céu em 20 de março de 1934)
No Tabuleiro da Baiana (gravada com Luís Barbosa e Regional de Luperce Miranda em 29 de setembro de 1936)
O Que É Que a Baiana Tem? (gravada com Dorival Caymmi e Conjunto Regional em 27 de fevereiro de 1939)
O Tique-Taque do Meu Coração (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 7 de agosto de 1935)
Primavera no Rio (gravada com Diabos do Céu em 20 de agosto de 1934)
Querido Adão (gravada com Orquestra Odeon em 26 de setembro de 1935)
Rebola, Bola (gravada com o Bando da Lua em 9 de outubro de 1941)
Recenseamento (gravada com Conjunto Odeon em 27 de setembro de 1940)
Samba Rasgado (gravada com Grupo Odeon em 7 de março de 1938)
Sonho de Papel (gravada com Orquestra Odeon em 10 de maio de 1935)
South American Way (gravada com Bando da Lua e Garoto em 26 de dezembro de 1939)
Taí (Pra Você Gostar de Mim) (gravada com Orquestra Victor em 27 de janeiro de 1930)
Uva de Caminhão (gravada com Conjunto Odeon em 21 de março de 1939)
Voltei pro Morro (gravado com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940) 3)



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